O surto de conjuntivite que atingiu o Figueirense nesta semana continua crescendo em progressão aritmética, em acordo com a epidemia que assola Santa Catarina desde o fim de fevereiro. Nesta quinta, dia 13, o clube anunciou que mais um jogador contraiu o vírus da doença altamente contagiosa. O volante Jeovânio é o quarto atleta do grupo alvinegro que acusou sintomas nos últimos dias.

Na segunda apenas um integrante da equipe estava no estaleiro, o zagueiro André Luiz. Imediatamente, a comissão técnica anunciou o seu afastamento dos treinamentos para evitar o contágio com os demais companheiros. Mas a lesão do zagueiro titular Eloy obrigou uma alteração nos planos iniciais.

Sem outras opções para o setor defensivo, o técnico Vágner Benazzi treinou em separado com André Luiz na tarde de terça e confirmou o seu nome entre os 11 que iniciaram a partida contra o Americano na noite de quarta. O primeiro efeito colateral desta decisão pôde ser verificado no próprio treinador, que também pegou a doença.

O convívio nos treinos, na concentração, ou até mesmo o contato durante a partida pela Copa do Brasil espalhou o vírus pela equipe. O atacante Roberto e o meia Danilo reclamaram durante o intervalo do jogo que a visão estava embaçada.

O desconforto não impediu o bom desempenho da dupla (Danilo chegou a ser apontado como o melhor em campo), mas pode ter feito novas vítimas, como é o caso de Jeovânio.

Apesar dos últimos acontecimentos, é improvável que o Figueirense deixe de utilizar algum jogador na primeira partida da decisão do Catarinense 2003, no domingo, contra o Caxias, em Joinville. O quarteto foi dispensado e se reapresenta hoje para uma nova avaliação.

Segundo o médico do clube, Sérgio Parucker, cada caso deve ser analisado em separado, mas são escassas as chances de que um dos quatro seja vetado.

– A situação que impede um atleta com conjuntivite de jogar é não conseguir enxergar nada – afirmou.

Com informações do Diário Catarinense e da rádio CBN/Diário.